15.7.03

Greetings!

Década de 70, a minha favorita! Não apenas por ter nascido nela :), mas sobretudo pelas obras primas que foram e são qualquer um dos 4 albuns lançados então. Embora este "Independence Day" só tenha sido lançado no "The River", em 1980, já estava escrita há um par de anos, pelo menos. O pai de Springsteen foi uma das suas grandes inspirações, sobretudo por representar tudo aquilo que ele receava poder vir a ser, tudo aquilo de que ele queria fugir. As relações com o pai nunca foram fáceis, talvez porque, como ele diz, eram demasiado parecidos. E se calhar eram! Porventura, se o Bruce não tivesse pegado naquela guitarra e saído "dali para ganhar", teria sido tal como o seu pai. Mas ele conseguiu, e assim disse tudo aquilo que pai quis dizer mas nunca o pôde fazer. E o dia em que o fez, foi o "Dia da Independência".


"Independence Day" (1978)

Dia da Independência

Pai, vai para a cama agora, está a ficar tarde
Nada que possamos dizer vai alterar o que quer que seja agora
Partirei de manhã da estação de Sta. Maria
Não mudaríamos estas coisas mesmo que o pudéssemos fazer de alguma forma

Porque a escuridão desta casa apanhou o melhor de nós
Há uma escuridão nesta cidade que também nos apanhou
Mas agora não me podem tocar e tu agora não me podes tocar
Não me vão fazer aquilo que vi fazerem-te a ti

Por isso diz adeus, é o dia da Independência
É o dia da Independência até ao fim
Apenas diz adeus, é o dia da Independência
Desta vez é o dia da Independência

Eu não sei o que foi que sempre houve connosco
Escolhíamos as palavras e sim, desenhávamos as linhas
Não havia maneira desta casa nos conter aos dois
Se calhar nós éramos demasiado parecidos

Bem, diz adeus, é o dia da Independência
É o dia da Independência, todos os rapazes têm de fugir
Por isso diz adeus, é o dia da Independência
Todos os homens tomam o seu caminho no dia da Independência

Os quartos estão todos vazios na pensão do Frankie
E a auto-estrada, ela está deserta até Breaker's Point
Há muita gente a deixar a cidade agora, deixam os seus amigos, os seus lares
À noite percorrem essa escura e poeirenta auto-estrada completamente sozinhos

Bem, pai, vai para a cama agora, está a ficar tarde
Nada que possamos dizer pode alterar o que quer que seja agora
Porque há pessoas diferentes a vir para cá agora
E elas vêem as coisas de maneiras diferentes
E em breve tudo aquilo que conhecemos será simplesmente varrido

Por isso diz adeus, é o dia da Independência
Pai, agora sei as coisas que querias e que não podias dizer
Mas não digas apenas adeus, é o dia da Independência
Eu juro que nunca quis tirar-te essas coisas

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